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Política, direitos humanos e fé no DOC-FAM 2017

O ator e autor Gianfrancesco Guarnieri
O ator e autor Gianfrancesco Guarnieri

Selecionados entre 120 documentários inscritos, a Mostra DOC-FAM deste ano vai exibir seis filmes, sendo duas estreias, com destaque para temas políticos do Brasil e da América Latina.

Uma das estreias é Artigas, um caminho (2017, 33'), de Elaine Tavares, uma produção independente catarinense, em que a diretora e uma pequena equipe refazem o trajeto de 500 quilômetros percorrido em 1811 por 16 mil pessoas que acompanharam as tropas do herói nacional José Artigas através do Uruguai, no episório que ficou conhecido como La Redota.

A outra é Abrindo o Armário, de Dario Menezes e Luis Abramo (RJ-SP, 2017, 87'), uma coprodução da Luba Filmes, Globo Filmes/GloboNews e Canal Brasil, um retrato de décadas das principais conquistas do movimento gay no Brasil a partir de uma série de entrevistas, material de arquivo e performances de ícones dessa história.

Exibido pela primeira vez em Florianópolis, Guarnieri (2017, SP, 72') é sobre o ator e autor Gianfrancesco Guarnieri, um dos nomes mais significativos do teatro brasileiro. Filme realizado por seu neto, Francisco Guarnieri, traz uma visão de dentro da família sobre a carreira do autor de Eles não Usam Black-Tie, seu notório engajamento político e a relação com seus filhos Flávio e Paulo, também atores, que seguiram caminhos diversos do pai.

Uma coprodução da Argentina, Bolívia e Chile, Manos Unidas (2015, 107'), de Roly Santos, explora o simbolismo das mãos para construir novas sociedades, por meio das histórias em torno das mãos de Che Guevara, do professor, músico e ativista político chileno Victor Jara e do ex-presidente argentino Juan Perón. Entre os casos está o mistério em torno das mãos de Guevara, que foram cortadas depois do seu assassinato na Bolívia, em 1967. A amputação foi feita a pedido da CIA, para ter certeza da identificação, mas Juan Coronel Quiroga, um militante comunista, declarou ter guardado por anos as mãos em vidro com formol embaixo da cama e fez com elas uma longa viagem pela Europa. O filme recebeu os prêmios de Melhor Realizador e Montagem do IFF Figueira Film Art Portugal e Menção Honrosa no Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano La Habana – Cuba 2015.

Precisamos Falar do Assédio (2016, SP, 90'), de Paula Sacchetta, ouviu mulheres que sofreram os mais variados tipos de assédio e violência e resolveram falar, em entrevistas gravadas em uma van estacionada em locais de São Paulo e no Rio de Janeiro na Semana da Mulher em 2016. Os relatos de violência independem de idade e classe social. O filme foi premiado em festivais como o 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e a 20º Mostra de Cinema de Tiradentes.

Som dos Sinos, de Marina Thomé e Marcia Mansur (MG-SP-RJ, 2016, 70') fala de fé e da simbologia dos sinos em cidades como Ouro Preto, Mariana, Tiradentes, Diamantina, São João Del Rei, sons que marcam a vida e os acontecimentos nas cidades históricas e comunicam mortes, nascimentos, incêndios e a vida paroquial.

O FAM 2017 tem o patrocínio Funcultural/ Fundação Catarinense de Cultura, Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esportes, Governo do Estado de Santa Catarina, da Petrobras e do Governo Federal, com apoio da Secretaria de Cultura e Arte da Universidade Federal de Santa Catarina e realização da Associação Cultural Panvision.
 
Trailers:
Guarnieri: goo.gl/dB7USs
Artigas, um caminho: https://youtu.be/kLzqfsn7I8w
Manos Unidas: https://youtu.be/qskovf9VdfY
Precisamos Falar do Assédio: https://vimeo.com/178206612
Som dos Sinos: https://vimeo.com/204107851



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